Contexto
Hoje tudo acontece tão rápido. Demasiado rápido. O combustível aumenta quase diariame nte, o desemprego aumenta à semana, as preocupações… Hoje a “melhor banda do mundo” é aquela, amanhã já não se ouve sequer falar dela, porque aqueloutra é que é, “a sério”. Hoje nunca houve tanta facilidade em aceder à informação e tão poucas pessoas interessadas em realmente fazer algo com ela. Hoje, como nunca antes, há um conformismo que contagia, que adormece. Não se luta pelo que está bem, aceita-se as coisas como são, “porque, olhe…”. Hoje têm-se pouco tempo para o que quer que seja, para pensar, para ouvir aquele álbum que se comprou há não sei quanto. Vêem-se séries e filmes que ainda nem passaram o Atlântico, não se consegue ser paciente. Não há paciência. Não há modelos, todos são falsos, corruptos, escondem algo, não se assumem por completo. Hoje mente-se e não se disfarça e fica tudo na mesma. Pensa-se que o que dizemos realmente tem importância, mas quem se importa com isso? Nem nós próprios cremos no que cremos.
Não sei onde é que a vida falhou o caminho, onde perdeu o sangue na guelra. Não sei onde decidimos que o nosso mundo circunscreve-se às paredes da nossa casa. Perdeu-se a coragem, a vontade de reagir, de ser diferente, de lutar.
Gostava de pertencer a uma geração diferente. Gostava de fazer algo por isso.
3 comentários
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Junho 5, 2008 às 8:57 am
rose
Nice reflection;)
Mas acho que há sempre algo pelo que se deve lutar, sim sou um pouco idealista. Podemos não ter vivido o Maio de 68 nem sequer o 25 de Abril mas há muita coisa que está mal, e haverá sempre coisas a emendar. Cada tempo traz as suas maleitas e o tempo nos fará ver o que fazer para as emendar.
Junho 5, 2008 às 9:11 am
Cláudia
Olha olha olha
Só se queixa!
E de bom…nada? Humm…
Faz por isso! Sempre fizeste por que é que estamos depress hoje?
Nós ainda vamos ser grandes. Temos tempos e temos paciência :)
Junho 8, 2008 às 5:01 pm
Ana Maria Lourenço
Há sempre pelo que lutar…quanto mais nao seja, lutar para marcar a diferença por entre uma geração mais inerte.