Contexto

Okkervil River

Este sábado fartei-me de andar a pé. Eu adoro andar a pé. É uma das coisas que quase deixei de fazer desde que tirei a carta e comecei a trabalhar. Por causa dos horários, por causa das combinações, por causa de não sei quê, sempre que ia para algum lado que não fosse em Espinho, lá me metia no carro. Este fim-de-semana não o fiz. Andei de comboio, fui até ao Porto, andei a passear pelas ruas da minha segunda cidade do coração. E gostei. Passear o Porto acalma-me, alegra-me, limpa-me a cabeça.  Tive também a oportunidade de tomar uns copos com o Cristiano e a Helena, grandes amigos. Soube-me a hora a cerveja à porta do Piolho. Fez-me pensar que ainda era estudante.

É das coisas que se calhar mais me aflige. Esta transição de jovem estudante para jovem trabalhador. O ter de cumprir horário, o de ficar acordado até às 6h da manhã e acordar ao meio-dia já sem sono, o não poder ir a concertos e sair mais vezes à noite porque o dia seguinte é dia de trabalho. Claro que ao menos tenho um emprego mais ou menos estável e não me devia estar a queixar. Mas pronto, o mundo não é justo e não.

Esta sexta-feira fui ao primeiro dia do Festival Tonalidades. Revi o meu bom amigo Filipe Miranda, que deu mais uma emotiva prestação como The Partisan Seed. E conheci o JP Simões, quem nunca tinha visto ao vivo. Gostei bastante. Tive pena de não ter 10€ no final do concerto para lhe comprar o CD. Mas, seguindo a minha filosofia de só comprar música portuguesa, o “1970” certamente que vai constar na minha biblioteca discográfica, mais cedo ou mais tarde.

Agora ouço Okkervil River, banda cujo nome já tinha ouvido há algum tempo. Mas só hoje é que me lembrei de descarregar os álbuns. E está ser um óptimo companheiro para este fim de fim-de-semana, no meu quarto, às escuras, com o portátil nas pernas.

Por fim, quase dois anos, Maria Lissa. O que é que eu te posso dizer? Nós somos enormes e eu adoro-te.

Até amanha que amanhã é dia de trabalho.

eheheheh

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